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domingo, 27 de novembro de 2011

POEMA DA ALUNA

Jhenniffer Daiane dos Santos
Aluna do Alfredo Marcondes Cabral
 


O verdadeiro Amigo

Amigos vêm
Amigos vão
Mas o verdadeiro
Fica no coração.
 
Às vezes choramos
Às vezes gritamos
Às vezes oramos
Às vezes falamos mal.
Os nossos amigos
São um tesouro
São pequenos
Mas valem ouro.
 
Quando precisamos
Eles se oferecem
Um bom ombro amigo
Nunca se esquece.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

RESULTADOS

Depois do trabalho feito, colher os resultados é como deleitar-se nos louros da vitória.
Claro que esta sensação não é nossa e sim de cada aluno que participou e decidiu mostrar seu valor.
Depois de corrigidos, os trabalhos evidenciaram o quanto de sentimento cada um tinha guardado e a qualidade desse sentimento. Li poesias lindíssimas, todas com ênfase na relação humana e, na sua grande maioria, o amor. Sei que a poesia sempre será nosso elo mais sincero entre as farpas do coração e nosso lado emocional racional. Mesmo assim, ainda vale a pena escrever, ler e escutar o que foi escrito como forma de ouvirmos nosso íntimo aceitando nossas culpas, encarando velhos medos.
E acho que foi bem isso. Adolescentes domaram seus leões e, colocando para fora um pouco de suas doses diárias de sofrimento e angústia, perceberam que isso era bom, além de possível, sobre tudo por causar uma sensação de alívio.

Posteriormente, vou postar algumas das poesias valorosas deixando claro que a participação de cada um foi mais importante que o resultado final das obras.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

PROJETO POESIA NO CABRAL



Atentos e tímidos

Olha a turma de duas salas do ensino médio.


Meu grande amigo Klaison dando aquela força ao projeto. 

O Colégio Cabral é realmente surpreendente.
Depois de receber as poesias percebo a diferença na qualidade do ensino praticado ali. A dedicação dos professores e o tratamento recebido por estes alunos refletem diretamente no resultado do trabalho.
Muita coisa de valor e gente com vontade de escrever o sentimento afogado no coração como forma de amenizar seus problemas e frustrações. Mas teve quem escrevesse de amor com muita propriedade e capacidade de conduzir o sentimento.
Por tudo que li já valeu a pena o tempo gasto no projeto.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

PROJETO POESIA



Hoje dei início a mais um projeto poesia na escola pública. Desta vez, no colégio Alfredo Marcondes Cabral de Presidente Venceslau/SP que, por coincidência, foi o mesmo onde estudei e aprendi as primeiras linhas da Língua Portuguesa.
O grande respeito dedicado àquela escola tive a oportunidade de transferir aos alunos que nos ouviam atentamente. Fui surpreendido com um grupo muito maior que o esperado de leitores costumeiros de livros não indicados na grade curricular, fato de grande alegria, pois prova a existência de uma juventude mais comprometida e inteligente. Como o trabalho inclui um exercício de construção poética, vou postar aqui os melhores trabalhos para o deleite de todos os amigos que sempre nos visitam.
As postagens iniciam na semana  que vem.
Aguardem...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

BAILE DE LUA


Noite de festa
Corações aflitos por tanta espera
Enfim outra noite tal qual aquela.

A lua via nossos anseios
Maternalmente continha-nos em seu seio.
Fazia brilhar o som de desejos
iluminando nossa noite feito sol de veraneio.

Estávamos felizes.
Corações bradando em alegria
Transbordando em sintonia.

De mãos dadas caminhamos e entramos
Éramos personagens não vistos
Não fazíamos parte daquele aprisco.

Triunfantes, abalamos nossa caminhada
Até o fim da pequena jornada
Sempre acompanhados por olhares
Olhares amigos, mas estranhos
Sentimentos equivocados de meros espartanos.

. . . e dançamos !
Ah, como dançamos !

Olhos nos olhos . .
Corpos que iam e vinham
em passos que se acompanham
Ritmo que não se segue
 . . . se sente !

Rostos se colam e os corações incendeiam
O amor reprimido eclode
e pelos poros permeia.
Somos pássaros de voo noturno
que guiados pelo amor absurdo
o tempo conquista.
Éramos os donos do mundo.
  
Vez por outra nos olhávamos
e, como crianças, apenas observávamos.
Talvez nem acreditássemos que aquilo fosse possível.

Minutos que contaram a história de uma vida
Tempo suficiente para aperfeiçoar um sentimento
Um amor . . .um desalento.

Fomos felizes por horas
Por dias . . . meses
Por toda uma vida.
Como a dança daquela noite
que até hoje não sabemos
se foi nosso início . . .ou nossa despedida.

A música talvez tenha parado
Porém, o desejo de pássaro liberto
feito da noite para um escuro de deserto. .
. .ainda voa.

Dançamos com a graça das asas que nos levaram às alturas
Fizemos marcas da nossa dança e figuras com dedos
 nos ventos e na lua.

Certamente que a música não parou !
Ainda ouço-a nos meus ombros
com a cabeça jogadinha de lado
Respirando . . .e dançando.

Sentia nossos corações entrelaçarem-se
E o Azul ficou rubro
Pois o rubro violeta estava.

Voamos pela história
 acabamos sentados novamente na lua
Víamos o que sentíamos
Sabíamos o que queríamos.

Esta noite foi eterna
Como eterno é o nosso amor
Você com o coração derretido
E Eu aprisionado de amor.


segunda-feira, 26 de setembro de 2011

VITÓRIA

A vida é cheia de surpresas mesmo.
Tivemos um evento aqui em minha cidade para a escolha da melhor poesia a representar a região no Mapa Cultural Paulista.
Imaginem só, milhares de pessoas de diversas cidades participaram e, na hora de anunciar o vencedor da nossa região que irá representar- nos em São Paulo, pasmem...selecionaram uma aluna da escola com a qual desenvolvi o projeto de poesia no início do ano.
Foi um trabalho simples no qual tentei ensiná-los a expressar a poesia com o mínimo de estrutura e rima.
Esta aluna me chamou a atenção por não ser assidua escritora de poesias apesar de gostar muito de ler.
A poesia que construiu ficou tão linda de apresentamos em alguns lugares culminando com uma grande apresentação no final do projeto num Sarau para 800 pessoas.
Agora sua obra irá concorrer com as melhores do Estado. Vamos desejar que ganhe mas, caso não aconteça, ter chegado até aqui já foi uma deliciosa vitória.
Minha alegria é de poder participar disso como coadjuvante podendo incentivar que criem e mostrem quem são por dentro.
Assim, rendo minhas homenagens a brilhante Giovanna Ferrari Robriguesque criou e interpretou sua obra.
Traços que a escolheram para vir ao mundo mas que tem vida própria encantando quem lê.
A sensibilidade dessa criação faz pensar o quanto este ser humano tem a oferecer para o mundo.
Poetisa Giovanna Ferrari Rodrigues...beijo no coração.

Agora curtam a poesia.


A Ilusão dos Contos de Fada



Os contos de fada são uma ilusão
Romances impossíveis
Fantasias da minha imaginação
Que nunca acontecerão

Os mocinhos são perfeitos
Os vilões são aterrorizantes
E ficam guardados em meu peito
E em minha mente flutuante

Fadas madrinhas e maçã
Animais falantes e a magia
Princesas adormecidas até o amanhã
Bruxas do mau que sempre fazem simpatia

O “era uma vez” sempre no princípio
Apresentando a história mentirosa
Jogar-me-ei num precipício
Se, novamente, ouvir estas palavras horrorosas

E o “final feliz”, adivinha?
Sempre na trama estará
Seria muita ingenuidade minha
Acreditar que, um dia, isso se realizará

Mas bem que eu queria acreditar
Em um inocente romance assim
Com um lindo príncipe encantado
Feito na medida só pra mim.


Autora: Giovanna Ferrari Rodrigues

quinta-feira, 15 de setembro de 2011

SETEMBRO II







Setembro de dois mil e um
O dia em que as torres caíram
Com elas um a um
Diversos orgulhos feriram

Um setembro que o mundo assistiu
Soldados, heróis, irmãos e amigos
Mortos foram, pela dragada viu
Surgindo em lápide seus próprios abrigos

Vidas mudadas, novo mundo seguiram
Forçados ficaram com a dor conviver
Dos entes querido que jamais veriam
Vida sem ver, viver sem lhe ver

Mas exemplos das cinzas surgiram
Heróis modernos, anônimos e vivos
Compartilhando a alegria das Vidas que sentiram
Dos resgatados do monzoleu hoje sinceros amigos

Mudou- se o panorama de um mundo
Calou- se a arrogância de um povo
Nasceu o amor profundo
Criou- se Vida de novo

terça-feira, 13 de setembro de 2011

SEDUÇÃO

 


Vida de muitos amores.
Ilusão vivida da Vida amada,
com tantas compartilhada.

Mágica sedução.
A romper barreiras,
levando cativo
mais um coração.

Ignômia maldade.
Levando essa vida,
ceifará dor e muita saudade.

Meninas mulheres.
Jovens do amor.
Ilusões perdidas, desamor.
A suportar de tudo,
inclusive a Dor.

Dormindo . . .
Ainda que junto . . . sozinho.
Solidão amarga,
pela escolha errada.

Um dia o sedutor vira vítima.
Levado cativo experimenta a dor
por ser o dono do coração destruído.

O Amor dá.
O Amor cobra.
Havendo empate,
ele transforma.

A sedução transverte.
Quem antes a seduzir muitas,
hoje é muitos a seduzir uma.

No equilíbrio das vidas
ninguém ganha,
ninguém perde.
Apenas ama,
e por Amor converte.

Mudou a vida.
Virou a página.
Sem sofrimento.
À ida Vida.

O que foi, não mais o é,
derrotado, vencido está.
Por uma mulher? . . . Não !
Pela força do amor.

quinta-feira, 8 de setembro de 2011

VITÓRIA



Vitória de um jogo, dia.
Farrapos da compelida, vida.
Batalha de um leão, via.

Vitória em prece, o ia.
Alegria de ouvido ser, um dia.
Vivendo este motivo, seguir-se ia.

Vitória do alcance, pego.
Ao peito rijo, seco.
Descanso feliz mas, cedo.

Vitória do olho, cego.
Conquista impossível, ego.
Compartilhado em grupo, elo.

Vitória do Amo, ódio.
A tudo ruim, afogo.
Um A(...) eu quero, L(...).

terça-feira, 6 de setembro de 2011

EMOÇÃO




Em busca de emoção . . .
Fomos dados a vida,
para viver com alegria até a despedida.

Em busca de emoção . . .
Criamos relações,
vivendo de amor ou tantas paixões.

Em busca de emoção . . .
Ficamos velhos,
sabedores da Vida até nossa franca despedida.

Em busca de emoção . . .
Nos amamos,
um amor não correspondido e sofremos.

Em busca de emoção . . .
Vagamos juntos,
as vezes perdidos, por vezes arrependidos.

Em busca de emoção . . .
Vivemos juntos,
convalescendo na busca de mundos.

Em busca de emoção . . .
Vivemos a Vida,
até o fim, quando então descobrimos,
que a verdadeira emoção . . .
É viver a Vida.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

MUSEU DA LÍNGUA PORTUGUESA

Nossa língua é maravilhosa.
Tem tantos detalhes e tantas facetas que o museu faz jus a sua importância.
Entrar no museu e participar das atividades ali disponibilizadas é viver a língua com todo seu potencial.
Pudera passar horas e até dias entre letras, frases e todas suas armadilhas.
Quisera fazer parte do mundo à parte dos que criam
Dos que veem nas palavras as imagens de vidas..amores e passagens
Pudera fazer parte desse mundo à parte, âmago da arte.
A PALAVRA.

O MUSEU DO FUTEBOL

Quando chegamos, tivemos a impressão de estar assistindo TV.
Depois que entramos e fizemos o passeio, percebemos que o mundo do futebol tem muito mais que encantos e emoção.
Tem um pedaço grande de Brasil.


CHEGANDO EM SAMPA

Na chegada a Sampa, acabou rolando pão de queijo com pingado no boteco ao lado.
Mais paulistano, impossível.
Olhando bem até parece que este pessoal sempre morou em São Paulo.



O SONO

Dizem que as poltronas do ônibus são para acomodar duas pessoas; mas, com sono... tanto faz.

O Super Pão com Mortadela

Pão com mortadela é o lanche da minha infância e tem se propagado por gerações. Ainda que cada um tenha sua receita, temos que admitir a supremacia do vendido no Mercado Municipal de São Paulo/SP.
Ele não tem nada demais...um pão francês para segurar e acomodar as 400gr de mortadela fatiada com queijo frito na chapa.
Nada demais se não fosse feito e degustado no Mercado Municipal onde o clima, os cheiros e as pessoas dão tom e sabor a tudo que se compre e consuma no local.
Comer algo no Mercado Municipal é o mesmo que confessar a si mesmo que a gula não deve ser tão pecado assim.


VIAGEM CULTURAL

Fui viajar com os alunos do ETEC de Presidente Venceslau/SP - uma escola pública da minha cidade - indo até São Paulo. Lá visitamos diversos lugares- dentre eles o Mercado Municipal, dono do melhor pão com mortadela do país; a Estação Cultura, um projeto da USP para levar aprensizado às crianças da rede pública; o Aquário de São Paulo, um dos lugares mais interessantes que já vi; o Museu do Futebol, verdadeiro delírio dos boleiros de plantão e, por fim, o Museu da Língua Portuguesa.
Andamos muito, rimos demais, e distribuímos juntos a alegria de passearmos fora de casa.
Para muitos foi a primeira viagem sem os pais, sozinhos, livres e independentes. Para outros foi a diversão calada na aventura de andar pela primeira vez no metrô. Outros, ainda, perceberam que estar em casa no conforto de sua cama tem seus encantos. Mas, o importante de tudo isso é o legado que ficou no coração de cada aluno que, à sua maneira, soube aproveitar o máximo desse passeio.

domingo, 14 de agosto de 2011

POEMA- AUSÊNCIA



Conviver sem lhe ter
Ter sem possuir
Melhor desta vida partir.

Sinceridade de situações amargas
Realidade de corações calados
Amor que por amor separa
Rosas em talos . . quebrados.

Por que tem que ser assim ?
Por que o mundo teria
Que separá-la de mim ?

Tanto Amor . . .
Tanta paixão . . .
Tanta alegria . . .
Tudo em vão.

Partimos como partem os pássaros
Em procissão
Fugimos um do outro
Quebrando nosso vínculo de união.

Mas se sofrer é nosso destino
Façamos como os ausentes
Fiquemos calados . . . mudos !

Deixemos que tudo fale por si
Que o som dos ventos
Carregue nossos pensamentos
Até que um dia
. . .quem sabe . . .

você volte pra mim.


Imagem: google.com

sábado, 13 de agosto de 2011

VERDAMEN




Verdades e mentiras
Coisas que se dizem e não se explicam
Velha brincadeira antiga
Que na Vida, os pares sensibilizam.

Às vezes, mentir torna-se um ímpeto
Sentimento incontrolável e cavalar
Medo que nos reconheçam como Vivo
E talvez por isso essa tentativa de enganar.

Mesmo assim a controvérsia é tal
que se a intenção desse não for o mal
O locutor passa do nada a fulano de tal
E o bem novamente sobrepuja o mal.

Aos amantes sempre haverá perdão
Ainda que pelo dito mal sem intenção
Desde que as vozes da paixão
Venham como curativo a um abandonado coração.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

AMANTES SINCEROS



Um dia sentei e cantei.
Falei aos versos tudo que via
- me emocionei –
Amava o que via e aquilo que sentia.

Pensava no Amor
Em rubor meu rosto ardia
Refém da paixão que ventava calor
Cenas de Amor que bruscamente assistia.

Era o calor da canção
Algo que queria mas não controlava
Era o Amor em paixão
Feição daquilo que um dom me mostrava.

Quanto cantei . . .
Quanto senti . . .
Nós juntos . . . vibrei
De você me escondi.

Mas a música a mim dominava
Inerte apenas ouvia a emoção que sentia
E meu corpo voava
Pois tudo em mim a canção dominava.

Rertornei . . .
E pra você a mesma canção dedilhei
Minha história expliquei
Quando a canção . . . a você dediquei.

Era. A canção dos amantes.
Tocada com dedos austeros
Em melodias purulantes
O Amor, de amantes sinceros.


Imagem: google.com 


terça-feira, 9 de agosto de 2011

LUA DE AMORES


As luas de um amor
são como crianças.
Brincam com o calor
sem saber o valor da esperança.

Luas que iluminam corações aflitos
Que ao longo do dia dormem
E à noite tornam-se altivos
Na busca por quem os ame.

Seriam esses corações ciganos?
Sem dono, destino . . . encanto !?
Acho que não !
São apenas lados de uma mesma lua
Que como a vida nos apresenta nua
Bela e viva . . . seja minha
Ou apenas . . . somente sua.
 
Imagem: google.com


domingo, 17 de julho de 2011

NOSSOS OLHOS



Olhos dos meus olhos.
Não fiques aí pensando
que a distância poderá nos causar saudade.

Saudade é sentimento de quem está só
E nosso amor não conhece a solidão.
Na mínima distância
O vazio da esperança
logo é vertido em lembranças.

Momentos passados juntos. . .
Beijos voluptuosos . . .
Carícias indecentes . . .
Sensações que vaporizam o coração
retransformando amor em paixão.

Assim é nossa saudade.
Misto de maldade e felicidade.
Brinca de viver e trabalhar
apenas para os reencontros . . .
poder simular.

O que importa se por amor
outros tantos estão sofrendo?
O que importa se de solidão
muitos estejam padecendo?

Nosso amor é como a jornada do homem só
Garimpador de riquezas
Construtor de seus próprios caminhos
Inimigo de seus próprios desatinos

O amor que Deus nos deu
certamente dera a poucos
Como riscas feitas em árvore nova
cresce com ela, vive com ela.
E ainda que morra a árvore,
permanecerá para sempre
escrita na lembrança . . .
dos poucos que por ali passaram e viram
que aquele sim era o sinal de um grande amor.

Te amo.

terça-feira, 12 de julho de 2011

C R I P I T A R D O M E D O




Sons do infinito
Num procurar aflito
Em resposta d’um grito.

Pedra fria abrigando o corpo
Horas morto, sem vida,
Anteriormente douto, um louco.

Passagem inesperada, inequívoca
Indesejada e lívida, mas lírica.

Gritos que censuram o ato
A locupletar o fato
Enlouquecendo a todos
Até ficam estupefactos.

Vingança vislumbrada de antes
Enfurencendo o medo d’antes
Enriquecendo fatos jas distantes.

Vibrações noturnas a tremular a pele
Resposta dum corpo nu, impotente, inerte
Sobre a notícia ríspida, real,que vele.

Medo cripitando a alma
Acelerando a costumeira calma.

Loucura aparente e infinita
Sem data, nem noticia de partida
Fica, cria e partilha . . . e . . .
Vai . . . sem deixa saída.

terça-feira, 28 de junho de 2011

R E B E C A



Cabelos na chuva morna
que o vento não balança
Estão encharcados
d’um amor que transborda

A menina corre e brinca
Em frenesi de “Astaire”
Como se a chuva fosse
sua única amiga

Jovem de mocidade ímpar
e meninice estancada
Por uma juventude plácida
deu-se a amar

Nada será como antes
O mundo nunca mais será o mesmo
O nascer do dia não será mais azul
transformou-se em rosa
E os lindos olhos de Rebeca
roubaram o azul dos astros

Nada de maldade
Nada de perversidade
Buracos negros não existem

O infinito não pertence a ninguém
mas é do tamanho do seu Amor
Do nosso Amor.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

SOLIDARIEDADE



Uma pessoa bate à sua porta. Olhando pela janela, logo percebe tratar-se de alguém malvestido, provavelmente um desafortunado. Rapidamente dois pensamentos passam simultaneamente por sua cabeça: um alertando para o fato de estar ajudando a mendicância e lhe prepara para dizer um bem-educado não, caso a pessoa lhe peça dinheiro; outro, no entanto, apela para seu lado humano e o obriga a ajudá-lo, caso o pedido seja por algo de comer.

Conflitos pessoais à parte, você já pensou no quanto podemos ser solidários com o próximo?

Se fizéssemos uma pesquisa na qual as pessoas fossem perguntadas sobre terem ajudado alguém, tenho certeza que a vasta maioria diria que sim. Mas ser solidário é mais que isso.

Segundo o Aurélio, solidário é “aquele que partilha o sofrimento alheio, ou se propõe a mitigá-lo.”

Longe de mim imaginar uma sociedade na qual todos se proponham à ajuda inequívoca o tempo todo, mas creio na possibilidade de podermos fazer mais.

Atitudes simples e de mera cidadania podem transformar a vida em sociedade mais satisfatória. Dirigir nas ruas centrais dando sempre a preferência às pessoas que desejarem atravessar na faixa de pedestres pode ser um exemplo. Você está confortavelmente alojado em seu veículo enquanto aquela pessoa, muitas vezes, ainda deverá caminhar por um longo trajeto.

E o costume de dar carona? Quantas vezes passamos por pessoas que conhecemos e sequer nos damos ao cuidado de perguntar se fará o mesmo caminho oferecendo- lhe uma carona?

Gestos como apanhar um objeto que cai da mão da pessoa ao seu lado; ajudar a empurrar um carro enquanto caminhamos pela calçada ou mesmo pegar a mão de um idoso que reluta em atravessar a rua sozinho podem transformar nossa sociedade em um lugar melhor mas, sobretudo, nos faria ter certeza de estarmos vivendo com princípios que valham realmente pena.

E você? Já ajudou alguém hoje?

domingo, 19 de junho de 2011

MENSAGEM AOS QUE NOS SEGUEM

Prezados amigos.

Estive trabalhando em projetos culturais e, por isso, fiquem impossibilitado de postar com regularidade.

Peço que aceitem minhas sinceras desculpas.

Agora tudo se normaliza e voltaremos a postar poesias e opiniões pessoais como sempre fizemos.

Ao setor feminino, em breve teremos uma boa novidade. Vou deixar o endereço do Blog de uma amiga que faz maquiagem e posta vídeos da prática (make up).

Abraço a todos e grato por seguirem nosso Blog.

BORBOLETA




Um dia vi uma Borboleta
Em voar cambaleante
por minha cabeça passou
Vez por outra dava uma pirueta
E no meu dedo poucou !

Queria comigo morar
Na minha casa entrar
E juntas meus pais visitar.
Eu disse que dava !

Corremos, brincamos
Piruetas e cambalhotas nós demos
Até que em casa chegamos
E meu pai da chegada avisamos !

Fui a mamãe a Borboleta apresentar
E juntas, a casa a Borboleta mostramos
Mas conosco ela não deveria morar.
E a Borboleta chocamos !

Decidiu- se, então que ali não moraria
Que a nós sempre que quisesse visitaria
Pois era nas rosas do jardim onde ficar deveria

A Borboleta faz parte do mundo
O mundo a ama e a ela dá casa
Por isso é no mundo onde ficar deveria.

O FICAR

Um dia desses, provoquei uma discussão entre adolescentes com o tema “ficar”.


Sinceramente, acabei surpreso com algumas opiniões.

Se, por um lado temos meninos descobrindo a adolescência sem muito interesse em relacionamentos sérios, por outro encontrei meninas que se viam praticamente obrigadas a perpetuar a prática sob pena de sofrerem com a indiferença masculina desejosas de romances tais quais os vividos em filmes e novelas.

Seria absurdo tirarmos conclusões a partir de um simplório bate-papo entre conhecidos. Contudo, relegarmos o assunto às esferas da insignificância me preocupa.

Desde o mais bronco até o mais meloso coração humano, amar e compartilhar sentimentos verdadeiros é o que fomenta a esperança e o otimismo vida a dentro.

Não se pode almejar que encontros casuais, desinteressados e resumidos a uma noite, quando não a meros minutos, possam fazer nascer algo que brilhe, incendiando novos e frutíferos relacionamentos.

O “ficar”, que agora também chama-se “catar”ou “pegar”, pode representar o final de uma liberdade que; entrincheirada na rigidez de décadas passadas, acuada pelo autoritarismo aristocrático; finalmente conheceu a redenção, somando a ela – liberdade – a libertinagem como lados de uma mesma moeda.

O beijo, representação maior do sentimento que nos emociona, relegou-se a mero meio de experimentação; no qual saber articular a mandíbula posicionando adequadamente as mãos representa garantir uma boa impressão e quiçá, ao final dessa dança de insanos, um cônjuge.

Mesmo parecendo uma prática pouco nociva e ainda que modernamente aceitável, fico pensando se não será a mola propulsora das separações e sofrimentos do futuro, afinal, se hoje podemos “ficar” com quem quisermos sem nada que nos impeça, como conseguiremos viver de uma boca só?

Aceitar essa prática hoje não seria o mesmo que antever o fim do casamento e das relações estáveis no futuro? Ou será que devemos achar que tudo não passa de modismos inofensivos deixando o futuro como obra do acaso tratando dos problemas em seu devido tempo.

sábado, 28 de maio de 2011

SONETO DE AMOR E ERRO


Não chores se em erro debruçada a vida
Pois de ímpeto morreram reis padecendo servos
Ambos visitados por equívocos que fizeram ida
Todos falhados, vitimados em pensamentos ternos

A falta criou sofrimento, fez renascer sentimento
Tudo se perdeu, o mundo chorou, e o valor floresceu
Maior seria a perda se ínfimo fosse o abrasamento
O erro transformado em dor regou o maior pudor, e venceu

Não temas o contemplar da verdade
Nem se furtes a encarar o rompante do erro gritante
Aprecie a fúria que fez brotar o branco da serenidade

Deixe crescer a rosa que rebrotou em esperança, o jardim
Provando que onde há amor jamais desistirá o perdão
E, aceitando o tocar dos dedos sim, estaremos juntos... até o fim.



E na contramão estará quem não aceitar que nascemos um pro outro sim

sexta-feira, 27 de maio de 2011

BAILE DE LUA

Noite de festa
Corações aflitos por tanta espera
Enfim outra noite tal qual àquela.

A lua via nossos anseios
Maternalmente continha-nos em seu seio.
Fazia brilhar o som de desejos
iluminando nossa noite feito sol de veraneio.

Estávamos felizes.
Corações bradando em alegria
Transbordando em sintonia.

De mãos dadas caminhamos e entramos
Éramos personagens não vistos
Não fazíamos parte daquele aprisco.

Triunfantes, abalamos nossa caminhada
Até o fim da pequena jornada
Sempre acompanhados por olhares
Olhares amigos, mas estranhos
Sentimentos equivocados de meros espartanos.

. . . e dançamos !
Ah, como dançamos !

Olhos nos olhos . .
Corpos que iam e vinham
em passos que se acompanham
Ritmo que não se segue
 . . . se sente !

Rostos se colam e os corações incendeiam
O amor reprimido eclode
e pelos poros permeiam.
Somos pássaros de vôo noturno
que guiados pelo amor absurdo
o tempo conquista.
Éramos os donos do mundo.


Vez por outra nos olhávamos
e, como crianças, apenas observávamos.
Talvez nem acreditássemos que aquilo fosse possível.

Minutos que contaram a história de uma vida
Tempo suficiente para aperfeiçoar um sentimento
Um amor . . .um desalento.

Fomos felizes por horas
Por dias . . . meses
Por toda uma vida.
Como a dança daquela noite
que até hoje não sabemos
se foi nosso início . . .ou nossa despedida.

A música talvez tenha parado
Porém, o desejo de pássaro liberto
feito da noite para um escuro de deserto. .
. .ainda voa.

Dançamos com a graça das asas que nos levaram as alturas
Fizemos marcas da nossa dança e figuras com dedos
 nos ventos e na lua.

Certamente que a música não parou !
Ainda ouço-a nos meus ombros
com a cabeça jogadinha de lado
Respirando . . .e dançando.

Sentia nossos corações entrelaçarem-se
E o Azul ficou rubro
Pois o rubro violeta estava.

Voamos pela história
 acabamos sentados novamente na lua
Víamos o que sentíamos
Sabíamos o que queríamos.

Esta noite foi eterna
Como eterno é o nosso amor
Você com o coração derretido
E Eu aprisionado de amor.