Seguidores

sábado, 28 de maio de 2011

SONETO DE AMOR E ERRO


Não chores se em erro debruçada a vida
Pois de ímpeto morreram reis padecendo servos
Ambos visitados por equívocos que fizeram ida
Todos falhados, vitimados em pensamentos ternos

A falta criou sofrimento, fez renascer sentimento
Tudo se perdeu, o mundo chorou, e o valor floresceu
Maior seria a perda se ínfimo fosse o abrasamento
O erro transformado em dor regou o maior pudor, e venceu

Não temas o contemplar da verdade
Nem se furtes a encarar o rompante do erro gritante
Aprecie a fúria que fez brotar o branco da serenidade

Deixe crescer a rosa que rebrotou em esperança, o jardim
Provando que onde há amor jamais desistirá o perdão
E, aceitando o tocar dos dedos sim, estaremos juntos... até o fim.



E na contramão estará quem não aceitar que nascemos um pro outro sim

sexta-feira, 27 de maio de 2011

BAILE DE LUA

Noite de festa
Corações aflitos por tanta espera
Enfim outra noite tal qual àquela.

A lua via nossos anseios
Maternalmente continha-nos em seu seio.
Fazia brilhar o som de desejos
iluminando nossa noite feito sol de veraneio.

Estávamos felizes.
Corações bradando em alegria
Transbordando em sintonia.

De mãos dadas caminhamos e entramos
Éramos personagens não vistos
Não fazíamos parte daquele aprisco.

Triunfantes, abalamos nossa caminhada
Até o fim da pequena jornada
Sempre acompanhados por olhares
Olhares amigos, mas estranhos
Sentimentos equivocados de meros espartanos.

. . . e dançamos !
Ah, como dançamos !

Olhos nos olhos . .
Corpos que iam e vinham
em passos que se acompanham
Ritmo que não se segue
 . . . se sente !

Rostos se colam e os corações incendeiam
O amor reprimido eclode
e pelos poros permeiam.
Somos pássaros de vôo noturno
que guiados pelo amor absurdo
o tempo conquista.
Éramos os donos do mundo.


Vez por outra nos olhávamos
e, como crianças, apenas observávamos.
Talvez nem acreditássemos que aquilo fosse possível.

Minutos que contaram a história de uma vida
Tempo suficiente para aperfeiçoar um sentimento
Um amor . . .um desalento.

Fomos felizes por horas
Por dias . . . meses
Por toda uma vida.
Como a dança daquela noite
que até hoje não sabemos
se foi nosso início . . .ou nossa despedida.

A música talvez tenha parado
Porém, o desejo de pássaro liberto
feito da noite para um escuro de deserto. .
. .ainda voa.

Dançamos com a graça das asas que nos levaram as alturas
Fizemos marcas da nossa dança e figuras com dedos
 nos ventos e na lua.

Certamente que a música não parou !
Ainda ouço-a nos meus ombros
com a cabeça jogadinha de lado
Respirando . . .e dançando.

Sentia nossos corações entrelaçarem-se
E o Azul ficou rubro
Pois o rubro violeta estava.

Voamos pela história
 acabamos sentados novamente na lua
Víamos o que sentíamos
Sabíamos o que queríamos.

Esta noite foi eterna
Como eterno é o nosso amor
Você com o coração derretido
E Eu aprisionado de amor.

MAIS UM SARAU

Mais um SARAU ETEC.
Seria realmente mais um se todos fossem iguais, mas nem de longe o são.
Um sarau é feito de pessoas comuns, jovens e diferentes.
Um SARAU sempre será um desafio. Lidar com esses jovens é o mesmo que garimpar talentos em corações disfarçados por um manto opaco. Descobre-se o manto e vem a surpresa: todos tem seus encantos... seus talentos.
Logo nos primeiros exercícios já verificamos suas principais qualidades, seus desejos primários e traços de personalidade. As atividades vão perdendo o tom sério na medida em que conseguimos retirar a barreira que separa o autor e seu público, algo proposital na tentativa de extrair outras oportunidades.
Durante o período do SARAU criamos uma afinidade de tal ordem que, por pura amizade, deixamos de ser o poeta para ser o pai, o tio, o amigão, aquele em que podemos confiar e passamos a dar conselhos. De forma prazeirosa e descontraida vamos explicando aos interessados valores importantes sobre família, relacionamento, futuro e cidadania.
Finalizando o SARAU, sabemos que a apresentação ficou a contento mas, particularmente, sei quais e quantas vidas consegui mudar efetivamente apenas por dizer a palavra certa na hora oportuna e quantos presentes novamente a vida me deu, pois passo a considerar meus príncipes e minhas princesinhas como meus filhos fossem. Um laço que nem o tempo poderá apagar.
Fotos e momentos inesquecíveis.


























quinta-feira, 5 de maio de 2011

DIA DO INDIO NO ETEC

A GALERA DO PRIMEIRO ANO





A GALERA DO TERCEIRÃO TAMBÉM ESTAVA POR LÁ



A TURMA DO SEGUNDÃO TUDO JUNTO E MISTURADO



O INTEGRADO . . . SÓ A PARTE BOA



A GALERA DO "SOMOS MUITO AMIGAS"




A TURMA QUE NEM PERCEBEU O FOTÓGRAFO...


AS MENINAS DA COZINHA...eitá povo que cozinha bem !!



A GALERA DO SORRISO BRANCO . . .



E A PROFESSORA ADRIANA...CLARO


terça-feira, 3 de maio de 2011

SONHO DE MENINO



Caminhos que nos levam ao futuro
São olhos de meros adolescentes
Hoje tão puros...indolentes
Um dia gigantes e ausentes

Criam vidas distantes
Longe daqueles
que os acalentaram um dia
Vivem como viajantes
Morando aqui e ali
lembrando...dos grandes pastos verdejantes

Cansados da vida pacata
Buscam em dias intensos
algo que os faça sentido
Que os dê identidade
Respostas de velhos porquês

Adultos crianças
Que agora choram em silêncio
nos braços de velhas poltronas
Que lembram dos caminhos vertidos
Das alegrias vividas
Das grandes amantes
e suas maiores despedidas

Um dia volto pra casa
Quero acordar bem cedo
sentindo o cheiro do café coado
pelas mãos trêmulas da velha menina
Cheiro de mãe...de pão com manteiga
De cafuné pelas costas...em grata surpresa

Será a redenção do velho menino
Que um dia partiu pouco despedindo
Dono do mundo que era
Nem se ateve
Que o melhor da vida
Seria ... ter ficado com Ela.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

ENSAIO DAS POESIAS DO SARAU

Esta é a galera animada que vai declamar poesias no SARAU do ETEC e também fará declamações aleatórias em escolas da rede pública e particular.
Jovens que um dia foram tímidos e que agora superaram seus medos, menos o de fotografar....não é Maria??

AMIGOS A PEDIDO

Hoje vou postar uma poesia a pedido de uma princesinha que entrou em contato querendo ler um poema sobre amigo.
O que posto a seguir faz parte do novo livro de poesias que deveremos lançar em breve. O texto que antecede a poesia faz referência ao poema por ser este parte de um contexto maior que o próprio mundo da poesia.
Em 2009 quando lancei o livro Sensações Poéticas, o fiz em parceria e ajuda dos alunos do ETEC - Colégio Técnico de Pres. Venceslau/SP. Alunos do ensino médio que, assim como o próprio livro, passaram a fazer parte de Nossas Vidas.
Num dos ensaios veio a inspiração para este poema. Era um momento de reflexão quando divagava sobre o que aconteceria depois que todos os participantes terminassem o ensino médio. Pensava no valor da amizade sincera e da sabedoria de conquistar e eternizar uma amizade como fruto de relacionamentos felizes.
O texto que antecede o poema faz uma reflexão e foi lido no final do SARAU como forma de homenagea-los.



A Vida sempre nos foi apresentada em ciclos.

Ciclos estes que passamos mudando o rumo das coisas, como se virássemos a página da vida.
Hoje estamos aqui findando mais um ciclo, virando mais uma página
Mas o que acontecerá com cada um de nós? Para onde iremos e onde será que estaremos daqui a 5, 10 anos?
Não sabemos . .!!
A única coisa que podemos ter certeza é que nossas vidas se separam aqui.
A partir do próximo ano cada um irá buscar seus sonhos, mais maduros iremos galgar novos horizontes, uns se empregando em outras cidades, outros ingressando em faculdades fora do município, de forma que acabarão por fazer suas vidas longe daqui.
Mas uma coisa sempre estará guardada no coração. . . Todos os momentos que vivemos juntos como amigos do ensino médio.
Na verdade, acho que nunca esqueceremos dos dias que compartilhamos. Cada um, ao seu modo, lembrará para sempre do seu melhor amigo, do grande professor, da menina mais bonita, do rapaz mais safado, enfim.
A grande verdade é que todos sempre lembraremos uns dos outros estejamos onde estivermos.
Este poema fala disso...representa exatamente estes momentos e por isso gostaria de ler a vocês.
Ele se chama “AMIGOS”. Diz mais ou menos assim: . . . . .




A M I G O S

Os amigos que encontramos na Vida
São mais que simples motivos
para as terríveis despedidas.

São companheiros eternos
Estimados ajudadores
De tempos paternos.

São capital preciso
Ali, em carne e osso
sempre nos socorrendo
com desvelo e esforço
mesmo que a nós pareça
que aquilo seja o fundo do poço.

Quero lembrar por toda minha vida
Dos amigos de outrora
Alguns de vida perdida
Outros espalhados pelo mundo a fora.

Levarei –os no peito
Ao lado deste velho coração
Que hoje, meio sem jeito,
A eles reverencia com todo respeito

Sou seu amigo.
E mesmo olhando em volta
Percebendo que comigo não está
Envio a ti uma mensagem pelo vento
 Pois ele sim . . . um dia . . .
. . .Certamente o achará.

LUCIANO ESPOSTO