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quarta-feira, 9 de junho de 2010

PRISIONEIRO



Da minha janela pouco vejo.
Do outro lado alguns parceiros,
Comigo na cela um companheiro.

                      
Como poderei viver assim . . .
Tolheram minha vida, roubaram-na de mim.

                   
Tristes motivos me trouxeram aqui.
Tanta coisa errada, que mesmo refutadas, 
Esperanças esmagadas . . . me deixaram em pé aqui.

                     
Olho o horizonte fugindo infiel trapaceiro
me deixando sozinho a pensar o que será de mim.

                   
Minha saudade é por fim a maior maldade.
Pois se preso estou, meu pensamento com ela voa
Procurando seu corpo, seu som. . .
Cheiro de lealdade diante de tamanha dificuldade.

                     
Mas se todo começo tem um fim,
o meu certamente calará ...
essa volúpia da liberdade caçada,
Da esperança mal dada e a essa vida por fim.

                       
Mas se por um lado roubei . . . fiz vítimas,
Vítima me tornei, pois minha liberdade tirei,
Grilhões de presente me dei.

                      
Mas uma coisa dentro de mim ninguém tira,
E ainda que acometido de ira,
E dignidade que por vezes vacila,
Tenho um Amor que por ela o tempo apenas perfila.

                   
Tempo é o que tenho afinal.
Aguardando o fim do martírio calado
Esperar o dia adequado
E ter meu amor ao meu lado.


Luciano Esposto

5 comentários:

  1. Olá Luciano,
    Gostei do poema.
    Abs.

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  2. muito lindo seus texto, parabéns
    gosto de escrever tambem, se puder passar lá pra dar um palpite, agradeço
    abraços

    http://eccehomo-etcetera.blogspot.com/

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  3. não possuo um livro não, só escrevo mus textos, nem sei como fazer a respeito de uma publicação corretamente

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  4. Mais uma vez parabéns,colocar em versos algo tão penoso,só mesmo um artista.Bjus

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  5. Acho que a poesia tem que ser a voz do coração. Fefletir algo penoso é mostrar que o sentimento nunca abandona a pessoa por pior que seja sua situação.Bjo

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