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segunda-feira, 14 de junho de 2010

TEVÊ

Máquina interessante e perversa,
verdadeira invasora de lares.
Surge com jeito de amigo, companheira,
por vezes regressa.

Certo seria que apenas música passasse,
assim mais amiga o seria, menos decorativa
mais utilidade teria.

Mas e as criancinhas!? como sem ela seria?!
Verdade que ajuda nos dá,
em dias onde um é mil e mil em um tornar-se-ia.

Músicas e desenhos eu concordo!
Mas como minha amada ficaria
sem a novela, a fofoca e todos os programas de gritaria?

O jornal é horário marcado, sério e presente.
Compromissos adiados, remarcados, a carnificina presente.
Sem pedir licença mostra o mundo mal que a todos pertence,
a nós realidade ausente.

Tá! . . . Eu concordo com o desenho, a novela e o jornal.
Porém, o institucional e o imoral sou terminantemente contra,
ainda que venda, sustente ou enriqueça alguns inescrupulosos
que ordenam o que se faça e aconteça.

Pensando longe vejo mundos perdidos,
onde o cultural é alimento primordial.
Motivo de sobrevivência num mundo de informação,
onde sua presença acaba por fazer a diferença
entre o correto, decente e o perverso e a própria consciência.

Mas e o imoral?
Nudez, sexo, drogas, violência . . . o insocial !
Presente aos pimpolhos a roubar-lhes a inocência.
Cumplicidade estatal, comercial e secreta
dos participantes dessa parafernália eclética.

. . . o subliminar invade nossas mentes
mostrando o que não se vê a todos querer ter
e fazer sem nada daquilo entender
sem permissão a própria perversidão
a pretexto de uma boa televisão . . .

Acho que deveria ser vigiada,
ou de alguma forma organizada.
Senão eu desisto !
Faço campanha contra, na minha casa insisto,
nem ouvida ou assistida . . . calada !

Mas novamente o que fazer com as criancinhas,
minha esposa e o futebol ?
Sem saber o que acontece como mudarei a prece
a tantos povos que padecem, esvanecem,
àqueles de até desaparecem ?

Insisto! A solução minha não é !
de forma que restrinjo-me a controlar tão somente a minha.
Preta, plana, iluminadamente bela . . .
aconchegando-me no sono, uma companheira . . . a mais singela.

O que importa é o amor por ela e por toda sua gente.
Gente estranha, alguns até bem diferente,
gente que não dorme, gente que nem vive, gente como a gente.
hoje, amanhã como presente.

Mas uma solução existe fácil !
Daremos a todos primeiro o cultural.
Deixando a cada qual que arranque da audiência
aquilo que lhe faz mal.

As crianças eu não sei, minha esposa eu consigo,
mas o meu musical ? . . . ahh ! que dependência infernal !
Talvez melhor seria apenas mudar o canal,
se não tão difícil fosse uma tarefa de dificuldade sem igual.

2 comentários:

  1. Saudações!
    Amigo LUCIANO, com sinceridade é o POEMA TEVÊ, emoldura a fina flor da verdade que muitos assistem, alguns até passivamente, uma tristeza que corta o coração.
    Parabenizo-o fervorosamente pelo lindo Poema!
    Ótimo Post!
    Abraços,
    LISON.

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  2. Amigo Lison.
    (E digo amigo porque essa é a sensação que me vem quando leio seus comentários aqui e no dihitt)
    A tevê poderia ser um aliado, como de fato o é em alguns casos, mas, infelizmente, tem sido utilizada apenas como massa de manobra.
    Contudo o que mais me preocupa são a mensagens subliminares. Essa forma de propagação de mensagens que atingem uma parte do cérebro, sem que os olhos sintetizem a informação, tem feito um estrago muito maior do que poderia ser permitido.
    Abraço

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