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segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

POESIA - VOZES


Vozes são sons que não apagam
os sofrimentos d’um coração amargo
É distância pura de alegria nua
num andar solitário
em nossas próprias ruas.

Meu coração, por natureza,
é ouvinte de alegria
Por vez, porém,
trovador da despedida.

Cantar e tocar
são como olhar e chorar
Juntas não se querem
Sozinhas não se largam

A rouquidão do choro
O sonoro daquele assopro
São sons que movem minha lembrança
Minha esperança

A infância pode não ser o melhor momento
para se amar com volúpia
Mas, certamente, será o celeiro
de nossas melhores lembranças

O canto que ouço hoje
não ronca como outrora
Mas esmaga e esfola
tal qual o fez no primeiro encanto
No primeiro beijo
Sentimentando !

Ainda ouço vozes
Ainda toco. . . e choro

Olho sua foto como quem viaja no tempo
Volto ao passado que nunca se foi

Vejo a mesma cena
- o erro ! –

 Queria um novo instante dentro do velho tempo
Mudar o “não” fazendo o “sim” dar novo destino a tudo

Talvez hoje sua falta não seriam as vozes
que me atormentam a face
a me trazer o choro... o canto

Talvez . . .

7 comentários:

  1. Grande Poeta, que poema!! Aparentemente parece belas palavras, mas em uma releitura nos leva às lágrimas pois ouvimos o sentimento, o enredo através da música, da música que é a sua poesia. PARABÉNS! Seu talento nos maravilha!

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  2. Luciano,
    palavras tristes, que descrevem as angustias de um coração saudoso!
    triste sim, mas infinitamente bonito.

    Parabéns!

    bjus

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  3. ola grande Luciano
    bem fazia tempo que eu num passava por aki
    mas to vendo q a essencia continua cada vez melhor
    segura o coração é complicado né naum tchê

    bjo grande guri

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  4. Luciano,parabéns pela partilha,a grandeza de seu poema é algo simplesmente lindo.A querida amiga Della já descreveu como seus versos são visto pelos amigos.Bjus

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  5. Grande Luciano... ta de parabéns mesmo.. de Poeta para Poeta.. tu manja da arte mesmo..

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  6. Oi Luciano, Que bela poesia! Ainda não conhecia seu espaço, mas voltarei!
    Parabéns!

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  7. Luciano, que belo. Adorei a parte que voce diz; "Meu coração, por natureza, é ouvinte de alegria
    Por vez, porém, trovador da despedida." fiquei até imaginando isso, como seria visualmente. É como uma canção!

    Beijos

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