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quinta-feira, 17 de maio de 2012

ABSURDOS BRASILEIROS

Existem coisas que sempre chamam nossa atenção independente da forma como sejam executadas. Assim foi meu sentimento quando li no jornal O Estado de São Paulo que internos da fundação Casa passarão a ter direito à visita íntima.
Não estou aqui a questionar os métodos de ressocialização até porque não disponho de formação acadêmica para tanto. Também não vou questionar a recente legislação que dará respaldo a isso porque, ainda que formado em Direito com certificado para inscrição na Ordem dos Advogados do Brasil, minha compreensão do Direito talvez não alcance este grau de erudição.
Assim, vou me limitar a discorrer como mero cidadão que lê uma notícia e não consegue compreender suas reais motivações.
A reportagem dizia que tudo precederá um cadastro para conceder o benefício apenas aos casados ou em união estável. Refleti sobre o que seria união estável e como impedir que sua comprovação fosse burlada chegando à conclusão de que será muito difícil apurar com verdade essa questão logo sendo um benefício extensível à grande parte dos internos.
No final da reportagem, que nada mais era que o direito de resposta exercido pela presidente da Fundação Casa, Berenice Giannella, à matéria anterior feita pelo advogado Ari Friedenbach em tom de denúncia, justificava-se que isso traria mais tranquilidade ao interno e estabilidade a sua relação conjugal com fortalecimento dos laços familiares, afinal, desde já, passarão a receber a visita dos filhos, algo proibido até então.
Do ponto de vista prático, a culpa não é da presidente da instituição que cumpriu seu papel em defesa da entidade; mas, sim, dos nossos congressistas que mais uma vez criaram uma lei com benefício absurdo à revelia do bom senso comum daqueles que os elegem.
Por fim, cheguei à conclusão de que, daquilo que sei, fui quase convencido que nada sei e, se por acaso alguém conseguir me explicar, por favor o faça.
 


Um comentário:

  1. Nossas leis e nossa realidade vivem em mundos distintos e, muitas vezes, ficamos sem resposta para as perguntas que o contexto nos traz. É exatamente por isso que viver exige tantaaaa tolerância, rs... do contrário, a gente não dá conta. Abraço centuriano para você, amigo poeta!

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