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terça-feira, 12 de abril de 2011

CHUVA E SONHO

Interessante como os dias podem ser tão diferentes sendo tão igual.
Os mesmos afazeres podem se tornar diferentes ainda que feitos da mesma forma dependendo exclusivamente do nosso estado de espírito.
Não existe receita exata para acordarmos sempre de bom humor. Existe, sim, uma gama enorme de ensaios tentando causar impressões diferentes em nossos corações para que sensações reluzentes encontrem lugar em nossos corações.
Assim pode ser um dia de chuva. Não simplesmente molhado, mas cheio de pensamentos distantes e acabrunhado de sensações capazes de fazer o simples tomar de um copo dágua, algo inusitadamente prazeroso.
Talvez felicidade seja isso. Encontrar sensações que alimentem nosso bem estar sem buscá-las feito louco como se estivessem ao alcance e compreensão de todos.



A chuva cai molhando a grama
escorrendo a calçada.
Meu olhar distante fita a cena
que a mim não diz nada.

O céu escurece anunciando a noite
Pressinto a lua
O cheiro do escuro
Meus próprios amores.

Mas ainda é dia e o tempo finge
Mas a noite já viria
E sinto o cheiro de música
Os gostos palatados de um dia.

A lua não vem?
A chuva não passa?
Saudade de alguém.
Duma noite devassa.

Nossos olhos escondem os sonhos
como a chuva finge ser noite.
Nossos corações fingem solidão
como se pudéssemos ter outros amores.



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