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quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Robôs da Web



Nos tempos bíblicos, havia pessoas que faziam previsões e, independente da forma utilizada para tal, recebiam o nome de prognosticadores de eventos (um deles).

O tempo passou e a paulatina chegada da modernidade trouxe formas bem definidas, com uma infinidade de possibilidades, para tentarmos adivinhar o futuro.  Quiromancia, tarô, búzios, dentre outras, na classe dos mais conhecidos e tradicionais métodos até chegarmos à borra de café, na seleção dos mais populares.

Sem entrar pela seara da crença ou da divisão entre a arte e o charlatanismo, a grande verdade é que possuem uma legião imensa de adeptos.

Confesso não ser atraído por nenhuma das opções. Contudo, uma reportagem recente me chamou a atenção e merece o conhecimento dos nossos leitores. Trata- se de uma forma para prever eventos importantes agrupando- se informações veiculadas na internet, sobretudo, nas redes sociais ou de trânsito aberto.

Vou explicar melhor:

Existem no mercado programas fazendo um rastreamento sistemático de tudo que é veiculado em redes sociais, sites de busca ou que veiculem vídeos e material  de  livre acesso na internet. Depois dessa busca, os “Robôs da Web”, como são chamados, agrupam palavras-chaves e separam as de maior incidência como forma de criar um padrão. Em seguida, submetem esse padrão com outros preexistentes com dados e nomes de pessoas, cidades, lugares e acontecimentos importantes. Feito isso, abandonam o campo da probabilidade transformando os dados numa forma de expressão matemática da qual o resultado será traduzido em previsão.

Parece loucura pensar que um programa seria capaz de prever um acontecimento importante, mas não o é na medida em que a coisa toda não passa de pura matemática.

Imaginemos o seguinte:

 A esmagadora maioria das pessoas no mundo hoje utiliza os meios eletrônicos como forma de comunicação rápida e eficiente. As que não acessam, salvo raras personalidades mundiais, também não fazem diferença. Se uma palavra começa a ser muito veiculada, logo será resgatada dos contextos por um “Robô da Web”. Depois de classificada e “reagregada” com outras do mesmo gênero, logo aparecerá com uma “palavra-chave” de uma previsão que congregará diversas outras formando um contexto lógico, só que agora prevendo um fato.

O governo americano, sempre ávido por novos métodos e tecnologias que possam mantê-los seguros, nunca deu a devida importância a esses programas até o “11 de setembro”, um fato previsto por um “Robô da Web” com boa antecedência. Recentemente uma importante eleição no contexto mundial levou ao poder uma pessoa que não aparecia nas pesquisas com chances de vitória. Outro fato previsto por um “ Robô da Web” antes mesmo da pessoa ter se lançado candidato.  Tantos e tão importantes foram os episódios previstos por esses programas que os principais governos do mundo adotaram sistematicamente o método como forma de garantir suas “soberanias na informação”.

E, pasmem, esses programas já existem há um bom tempo, sendo criados inicialmente para tentar prever a movimentação de ações nas Bolsas de Valores, algo no qual parece que não foram tão felizes.

A bem da verdade, para a grande maioria das pessoas, grupo no qual me incluo, nada disso mudará nossas conversas no Facebook, twitter ou envio do costumeiro e-mail, pois, para fazer parte dessas previsões, antes precisamos sair da insignificância à qual o povo é relegado.

Assim, fiquemos em paz...

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