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sexta-feira, 11 de maio de 2012

CORAGEM

A coragem não é dádiva dada a todos. Ao mesmo tempo em que alguns se acovardam sob qualquer circunstância, outros nunca se abalam com absolutamente nada.
Certa ocasião encontrei um sujeito assim. Uma pessoa calma e totalmente desprovida de medo ou receio do tipo de fosse. Como nossas vidas tinham alguma ligação passei a observá- lo mais atentamente para descobrir qual seria sua receita ou se aquilo era apenas uma postura de vida, uma forma de enxergar o mundo.
Tive a oportunidade de acompanhar algumas de suas arguras e dificuldades cotidianas até que não me contive, indo direto ao assunto indagando- o a respeito.
Como guardavamos uma certa intimidade devido ao trato comercial e sem que percebesse a angústia da minha curiosidade perguntei porque nada parecia preocupá- lo demais.
Ele simplesmente parou o que estava fazendo, olhou me nos olhos atentamente e respondeu:
- Vai adiantar? Resolverá meus problemas? As dificuldades que temos na vida são desafios que precisamos vencer. Perder tempo lamentando uma dificuldade ou pensando como tudo poderia ser diferente nunca lhe ajudará em nada.
Baixou novamente a atenção sobre seus papeis e continuou de onde parou.
A VIDA É ASSIM MESMO...CHEIA DE SURPRESAS!!! 

Agora vamos para um poema porque a maior surpresa da vida é saber que onde houver coração sempre haverá um poema para apaixona-lo.


E S T R A N H A   S U R P R E S A


Na noite escura em sobre salto acordei
Em infortuito incômodo em pé me prostrei
 
 
Fui lentamente, e em silêncio, o mal desvendar
O passar dos cômodos só fazia minha agonia aumentar
 
 
Parede por parede minha aflição consumia
E, sem luz, ficava a impressão que viam o que eu não via.
 
 
Cheguei finalmente à agonizante cozinha
Pois era a única que meus passos a ida não tinha
 
 
Tateei com cuidado . . .
Silêncio . . .
Peguei-o com a mão !!
 
 
Quis escapar pela mesa numa tentativa em vão
 
 
Bati-o contra a mesa !!
Antes que recuperasse a destreza

Uma . . . duas . . . três vezes.
E nada !
 
 
Foi quando com a outra mão
Alcancei a lâmina da faca
 
 
E, sem compaixão . . .
Uma pancada certeira com o cabo lhe dei
 
 
Aos pedaços aberto ao meio ficou
E aquela agonia por fim acabou

Finalmente a última NOZ do ano . . .
. . . meu paladar degustou.

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