Nos tempos bíblicos, havia pessoas que faziam previsões e, independente da forma utilizada para tal, recebiam o nome de prognosticadores de eventos (um deles).
O tempo passou e a paulatina chegada da modernidade trouxe formas bem
definidas, com uma infinidade de possibilidades, para tentarmos adivinhar o
futuro. Quiromancia, tarô, búzios, dentre
outras, na classe dos mais conhecidos e tradicionais métodos até chegarmos à
borra de café, na seleção dos mais populares.
Sem entrar pela seara da crença ou da divisão entre a arte e o
charlatanismo, a grande verdade é que possuem uma legião imensa de adeptos.
Confesso não ser atraído por nenhuma das opções. Contudo, uma
reportagem recente me chamou a atenção e merece o conhecimento dos nossos leitores.
Trata- se de uma forma para prever eventos importantes agrupando- se
informações veiculadas na internet, sobretudo, nas redes sociais ou de trânsito
aberto.
Vou explicar melhor:
Existem no mercado programas fazendo um rastreamento sistemático de
tudo que é veiculado em redes sociais, sites de busca ou que veiculem vídeos e
material de livre acesso na internet. Depois dessa busca,
os “Robôs da Web”, como são chamados, agrupam palavras-chaves e separam as de
maior incidência como forma de criar um padrão. Em seguida, submetem esse
padrão com outros preexistentes com dados e nomes de pessoas, cidades, lugares
e acontecimentos importantes. Feito isso, abandonam o campo da probabilidade
transformando os dados numa forma de expressão matemática da qual o resultado
será traduzido em previsão.
Parece loucura pensar que um programa seria capaz de prever um
acontecimento importante, mas não o é na medida em que a coisa toda não passa
de pura matemática.
Imaginemos o seguinte:
A esmagadora maioria das
pessoas no mundo hoje utiliza os meios eletrônicos como forma de comunicação
rápida e eficiente. As que não acessam, salvo raras personalidades mundiais,
também não fazem diferença. Se uma palavra começa a ser muito veiculada, logo
será resgatada dos contextos por um “Robô da Web”. Depois de classificada e “reagregada”
com outras do mesmo gênero, logo aparecerá com uma “palavra-chave” de uma
previsão que congregará diversas outras formando um contexto lógico, só que
agora prevendo um fato.
O governo americano, sempre ávido por novos métodos e tecnologias que
possam mantê-los seguros, nunca deu a devida importância a esses programas até
o “11 de setembro”, um fato previsto por um “Robô da Web” com boa antecedência.
Recentemente uma importante eleição no contexto mundial levou ao poder uma
pessoa que não aparecia nas pesquisas com chances de vitória. Outro fato
previsto por um “ Robô da Web” antes mesmo da pessoa ter se lançado
candidato. Tantos e tão importantes foram
os episódios previstos por esses programas que os principais governos do mundo
adotaram sistematicamente o método como forma de garantir suas “soberanias na
informação”.
E, pasmem, esses programas já existem há um bom tempo, sendo criados
inicialmente para tentar prever a movimentação de ações nas Bolsas de Valores,
algo no qual parece que não foram tão felizes.
A bem da verdade, para a grande maioria das pessoas, grupo no qual me
incluo, nada disso mudará nossas conversas no Facebook, twitter ou envio do
costumeiro e-mail, pois, para fazer parte dessas previsões, antes precisamos
sair da insignificância à qual o povo é relegado.
Assim, fiquemos em paz...
Bem interessante o texto e surpreendente. Parabéns!
ResponderExcluirBjos XD