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terça-feira, 28 de junho de 2011

R E B E C A



Cabelos na chuva morna
que o vento não balança
Estão encharcados
d’um amor que transborda

A menina corre e brinca
Em frenesi de “Astaire”
Como se a chuva fosse
sua única amiga

Jovem de mocidade ímpar
e meninice estancada
Por uma juventude plácida
deu-se a amar

Nada será como antes
O mundo nunca mais será o mesmo
O nascer do dia não será mais azul
transformou-se em rosa
E os lindos olhos de Rebeca
roubaram o azul dos astros

Nada de maldade
Nada de perversidade
Buracos negros não existem

O infinito não pertence a ninguém
mas é do tamanho do seu Amor
Do nosso Amor.

sexta-feira, 24 de junho de 2011

SOLIDARIEDADE



Uma pessoa bate à sua porta. Olhando pela janela, logo percebe tratar-se de alguém malvestido, provavelmente um desafortunado. Rapidamente dois pensamentos passam simultaneamente por sua cabeça: um alertando para o fato de estar ajudando a mendicância e lhe prepara para dizer um bem-educado não, caso a pessoa lhe peça dinheiro; outro, no entanto, apela para seu lado humano e o obriga a ajudá-lo, caso o pedido seja por algo de comer.

Conflitos pessoais à parte, você já pensou no quanto podemos ser solidários com o próximo?

Se fizéssemos uma pesquisa na qual as pessoas fossem perguntadas sobre terem ajudado alguém, tenho certeza que a vasta maioria diria que sim. Mas ser solidário é mais que isso.

Segundo o Aurélio, solidário é “aquele que partilha o sofrimento alheio, ou se propõe a mitigá-lo.”

Longe de mim imaginar uma sociedade na qual todos se proponham à ajuda inequívoca o tempo todo, mas creio na possibilidade de podermos fazer mais.

Atitudes simples e de mera cidadania podem transformar a vida em sociedade mais satisfatória. Dirigir nas ruas centrais dando sempre a preferência às pessoas que desejarem atravessar na faixa de pedestres pode ser um exemplo. Você está confortavelmente alojado em seu veículo enquanto aquela pessoa, muitas vezes, ainda deverá caminhar por um longo trajeto.

E o costume de dar carona? Quantas vezes passamos por pessoas que conhecemos e sequer nos damos ao cuidado de perguntar se fará o mesmo caminho oferecendo- lhe uma carona?

Gestos como apanhar um objeto que cai da mão da pessoa ao seu lado; ajudar a empurrar um carro enquanto caminhamos pela calçada ou mesmo pegar a mão de um idoso que reluta em atravessar a rua sozinho podem transformar nossa sociedade em um lugar melhor mas, sobretudo, nos faria ter certeza de estarmos vivendo com princípios que valham realmente pena.

E você? Já ajudou alguém hoje?

domingo, 19 de junho de 2011

MENSAGEM AOS QUE NOS SEGUEM

Prezados amigos.

Estive trabalhando em projetos culturais e, por isso, fiquem impossibilitado de postar com regularidade.

Peço que aceitem minhas sinceras desculpas.

Agora tudo se normaliza e voltaremos a postar poesias e opiniões pessoais como sempre fizemos.

Ao setor feminino, em breve teremos uma boa novidade. Vou deixar o endereço do Blog de uma amiga que faz maquiagem e posta vídeos da prática (make up).

Abraço a todos e grato por seguirem nosso Blog.

BORBOLETA




Um dia vi uma Borboleta
Em voar cambaleante
por minha cabeça passou
Vez por outra dava uma pirueta
E no meu dedo poucou !

Queria comigo morar
Na minha casa entrar
E juntas meus pais visitar.
Eu disse que dava !

Corremos, brincamos
Piruetas e cambalhotas nós demos
Até que em casa chegamos
E meu pai da chegada avisamos !

Fui a mamãe a Borboleta apresentar
E juntas, a casa a Borboleta mostramos
Mas conosco ela não deveria morar.
E a Borboleta chocamos !

Decidiu- se, então que ali não moraria
Que a nós sempre que quisesse visitaria
Pois era nas rosas do jardim onde ficar deveria

A Borboleta faz parte do mundo
O mundo a ama e a ela dá casa
Por isso é no mundo onde ficar deveria.

O FICAR

Um dia desses, provoquei uma discussão entre adolescentes com o tema “ficar”.


Sinceramente, acabei surpreso com algumas opiniões.

Se, por um lado temos meninos descobrindo a adolescência sem muito interesse em relacionamentos sérios, por outro encontrei meninas que se viam praticamente obrigadas a perpetuar a prática sob pena de sofrerem com a indiferença masculina desejosas de romances tais quais os vividos em filmes e novelas.

Seria absurdo tirarmos conclusões a partir de um simplório bate-papo entre conhecidos. Contudo, relegarmos o assunto às esferas da insignificância me preocupa.

Desde o mais bronco até o mais meloso coração humano, amar e compartilhar sentimentos verdadeiros é o que fomenta a esperança e o otimismo vida a dentro.

Não se pode almejar que encontros casuais, desinteressados e resumidos a uma noite, quando não a meros minutos, possam fazer nascer algo que brilhe, incendiando novos e frutíferos relacionamentos.

O “ficar”, que agora também chama-se “catar”ou “pegar”, pode representar o final de uma liberdade que; entrincheirada na rigidez de décadas passadas, acuada pelo autoritarismo aristocrático; finalmente conheceu a redenção, somando a ela – liberdade – a libertinagem como lados de uma mesma moeda.

O beijo, representação maior do sentimento que nos emociona, relegou-se a mero meio de experimentação; no qual saber articular a mandíbula posicionando adequadamente as mãos representa garantir uma boa impressão e quiçá, ao final dessa dança de insanos, um cônjuge.

Mesmo parecendo uma prática pouco nociva e ainda que modernamente aceitável, fico pensando se não será a mola propulsora das separações e sofrimentos do futuro, afinal, se hoje podemos “ficar” com quem quisermos sem nada que nos impeça, como conseguiremos viver de uma boca só?

Aceitar essa prática hoje não seria o mesmo que antever o fim do casamento e das relações estáveis no futuro? Ou será que devemos achar que tudo não passa de modismos inofensivos deixando o futuro como obra do acaso tratando dos problemas em seu devido tempo.