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terça-feira, 29 de junho de 2010

SILHUETA


Imagem do que se imagina
mas que na vida nunca termina.

De uma garota, um homem,
ou um intruso... talvez!

De um bicho, um monstro,
quem olha... que vê?

No tiro, cabeça ou corpo que vale,
o resto é falha, errata, convale.

A mulher uma busca falível ilusão.
Ser bela indica com ela amizade,
por que não dizer sem lealdade?

Ao homem inimporta, dignado conformado esteja.
O antes retinho, tanquinho logo transforma,
vira canhão ou até botijão.

Nas sombras da noite apavoro.
Tensão e emoção a que  se saiba
a quem silhueta pertence, monstro, homem ou ladrão.


Na vida silhueta convida.
Muita tristeza e chateação,
aprender a lidar ou matar cada leão.

A silhueta é coragem,
aprendizado, vitória.
Aprendamos com ela,
viver o presente nunca em outrora.

Silhueta convida,
tenhamos (...), (...) ...
Vivamos a Vida.

segunda-feira, 28 de junho de 2010

POETA E O JORNALISTA


O olho que tudo via,
Audaz, perspicaz se fazia.
De tudo um pouco sabia.

Além do que via, lia.
Quanto mais o sabia
Mais conhecimento queria.

O inquieto pureza sentia.
De tudo que lia ou via
Escrever em verdades fazia.

Via um olhar e à vida trazia.
Com Amor perfilava o que via
A contar escrevendo, a todos dizia.

A vida que via e lia
Somente ele sentia,
E aquele que dele escrevia.

Pessoa difícil . . . inquieta.
Seria um Jornalista talvez ?
Creio que não ! . . .
Certamente um Poeta.


domingo, 27 de junho de 2010

JUJUBINHA


Fofa, linda. . .
Misto de Amor, vigor, esperança.

Jujuba do tio,
amorzinho da tia,
Amor de uma vida,
que a ela bem vinha.

Veio sozinha,
como estrela caiu,
o chicotinho do pai,
seu Amor dividiu.

Na verdade ranheta,
por vezes sapeca,
menina moleca,
acabrunhada e esperta.

O Amor conquistou,
com um brilho no olhar,
para a vida eu vim,
e nela morar.


sábado, 26 de junho de 2010

O ENCONTRO


A imensidão do mar
Traz pensamentos que o próprio olhar
Pelo horizonte volta e faz buscar.

A sensação da chuva
Nos faz lembrar o cheiro
da mais bela uva
Mas no ambiente funde e se confunde
Com outro que não sei de onde.

O sabor do vinho
Inebria meus sentidos
Ousa o mais velho instinto
Ao cruzar daquele olhar distinto.

O impulsionar da música
Faz conduzir os passos
Em agônica súplica
Na direção de uma pessoa única.

O calor dos corpos
Fez aguçar desejos . . .
As mãos . . .
Os dedos . . .

O olhar no olho . . .
Fez demonstrar quem somos
E a quem . . . fomos feitos.

O sabor da boca
Fez eclodir sentidos
Emoções diversas
Calor, frio, calafrios
Sentimentos às avessas

Nossos corações racharam
E em flores desabrocharam
Como se o nada existisse
E o tudo fosse apenas nós
Como se ninguém nos visse.

O ritmo da voz
Em som trêmulo e preciso,
Passa a recitar um poema
Breve, contudo inciso,
Que mudaria para sempre
Nossas Vidas . . .

. . . - T e A m o ! . . .


sexta-feira, 25 de junho de 2010

CAMINHOS


Nos caminhos por onde andei
Alegrias e dissabores criei
Vivi com vidas antigas
Com pessoas amigas
Uma vida brilhei.

Todos pelo caminho passavam.
A bela moça de juventude aparente
Olhares algozes ganhava
Fruto do brilho que de si emanava.

Seria uma estrela do céu
Que uma visita a mim me fazia !?
Não ?! . . .
Era tão somente uma bela moça
Que um coração perdido
Por ela derretia.

O caminho levava ao destino
Quem pode, nele passava
Jamais por ele voltava
O trem da vida só ia,
Jamais retornava.

Mas caminhar sempre adiante
levava a belas encruzilhadas.
Escolhas constantes
Para uma vida devassa.
Ou um futuro brilhante.

Já que voltar não podia
Qual seria o final do caminho !?
Para onde aquilo iria !?
Ou em qual final terminaria !?

Ora, se o início é vida
Por certo que a morte
Final o seria.

Assim, seguirei o caminho
Seja qual o destino
Uma coisa velarei.
Velarei de seguir a bela moça
Que ao cruzar meu caminho
Fez meu Amor
Cruzar seu destino.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

PEGADAS NA AREIA


Vejo pegadas na areia.
Imagino quem por aqui passou.
Seria a mulher sereia
Que minha Vida um dia mudou?

Nem sei quando a cabeça perdi.
Mas vendo as pegadas na areia
O toque dos corpos eu vi
Com um cheiro de Amor que permeia.

Hoje meu mundo pranteia
Pela maldade da dor e a saudade
De ver as pegadas na areia.

Mas enquanto houver mar e areia
Buscarei por aquela sereia
E contarei . . .as pegadas na areia.


quarta-feira, 23 de junho de 2010

PENSAMENTO


A estrada é uma vida.
Companhia constante.
Um meio de vida.

Paisagens de inesquecíveis imagens.
Amigos instantes.
Eternos parceiros.

Reencontro . . .
Alegria geral.
Um instante, muito tempo.

Uma amante . . .
Que loucura . . .
Arrependimento.

A mente vagueia . . .
procurando os seus.
Que saudade!
Queria estar lá se pudesse,
. . .mas não posso.

O trabalho me chama.
Clama presença.

Os dias se passam
em noites cumpridas - Penso! -
Queria estar lá !

Meus filhos . . .
Meu Amor . . .
Mas não posso.

O destino chegou.
Daqui a volta . . .
Cada minuto,
um pedaço a menos.
Uma alegria a mais.

- Sufoco ! . . .
- Irresponsável ! ! . . .

Quero chegar.
Só penso nela ! . . . neles.
Já sinto seu cheiro !

O horizonte me pula.
Dentro de mim,
o mundo se abre.
Só existe nós dois.
Saudade ! . . . Amor!

O final dessa estrada já vejo.
Um mundo apartado.
Sorrisos . . .
Meus filhos . . .
Ela !

Te Amo !


terça-feira, 22 de junho de 2010

POESIA


A escrita ausente
o mundo calou.
Se crio,
Com Amor permeá-los vou.

O entendimento exato
Leva a insólitas viagens.
Desliza patinando
Por mundos e paisagens.

Apenas coisas boas
Este coração experimentou.
Viu seu mundo
E de outros compartilhou.

Solidão gostosa
Na vida quase um lema.
Apenas por passar um dia
Entre mundos e Poemas.


segunda-feira, 21 de junho de 2010

SENSAÇÕES III


Viver em Sensações . . .
Poder que a vida deu ao nazireu
De viver cantando o Amor, expressando dor
Conquistando . . . suas próprias emoções.

Poder clamor . . . de Amor . . . e dor . . .
Que o coração amassa . . .
Da cabeça passa . . .

Dor . . . que o Amor levou . . .
E que a ela . . . cantou . . .

Amor . . . que o Amor conquistou . . .

Irreversivelmente . . .

A . . m o r !


domingo, 20 de junho de 2010

VELHO MURRINHA


Lá vinha o velho Murrinha.
Sabe que cheiro ele tinha ?
Ora ! Cheiro de murrinha !

Certo é que banho tomasse
ou até que a esposa ajudasse.
Mas basta de fato chegasse,
que a todos o cheiro passasse.

Tento explicar mas não posso.
Imaginar então nem consigo.
Acordar a noite comigo
e o velho Murrinha dormindo.

Um pesadelo por certo seria,
e em desespero evidente entraria !
Mas uma coisa acredito,
no Murrinha um banho eu daria !

Não sei se sanado seria
ou até se a morte veria.
Mas uma coisa eu garanto !
Nunca mais o Murrinha eu veria.

sábado, 19 de junho de 2010

RETORNO


Quem diria que um dia o presente passaria e o passado a nós voltaria.


Quem diria que estaria aqui a viver ilusões . . . lembranças.

Pensando como seria a Vida se o tempo a nós voltar-se-ia.


Tola consciência, pois não sabes que a razão e a ilusão são sinônimos

quando o assunto são as coisas do coração?

Quanto tempo perdido atrás de um destino

Procurando outras, mas sempre lembrando-me de Você

Naquele longo e belo vestido.



Mas enquanto um fôlego de vida eu tiver

Ainda que apenas balbuciar eu possa

Desejo o destino a mim aprouver

Que encontrar Você eu possa

E falando baixinho dizer-lhe que minha vida foi apenas por te querer.

Querer ter sem saber . . . Querer viver sem poder.


Quero dizer-lhe em poucas palavras

Falar que o sentimento aqui jaz por demais apertado

Que não falar-lhe o que sinto já se tornou um fardo.



Venha. Recoste- se em mim.

Sensações Poéticas

Conceda-me a última dança e não diga, apenas me escute.

Deixe-me lhe falar o que tenho dentro de mim.

Que este coração nunca saiu daqui.

Nunca foi de outra desde que parti.

Ele sempre foi seu, estivesse eu aqui ou ali.

E antes da morte a ele sucumbir ouça o que diz e responda

Se o amor que tenho lhe serve ou se devo lhe tirar de mim.


A RESPOSTA:

Como a noite é da lua

Serei hoje amanhã. . . para sempre . . . Para sempre sua. . . Te Amo !


sexta-feira, 18 de junho de 2010

FALAR DE AMOR



Se vamos falar de Amor,
precisamos antes lembrar
de tantos em intensa dor,
justamente pela falta do verdadeiro Amor.


 Há uma busca difícil pelo Amor perfeito.
Um pelo outro intenso, sem defeito.
Tão grande, tão intenso a provocar
ciúme, possessão, desrespeito.


Mas alheio a tudo isso,
chega sorrateiro, verdadeiro mateiro,
a dobrar suas vítimas e pô-las em cativeiro.


 Aprisionado, capturado, morto de Amor.
Sem saber o que fazer só lhe resta viver
sem pudor nem respeito...  o verdadeiro Amor.


SEDUÇÃO


Vida de muitos amores.
Ilusão vivida da Vida amada,
Com tantas compartilhada.

Mágina sedução.
A romper barreiras,
levando cativo
mais um coração.

Ignômia maldade.
Levando essa vida,
ceifará dor e muita saudade.

Meninas mulheres,
Jovens do Amor.
Ilusões perdidas, desamor.
A suportar de tudo,
inclusive a Dor.

Dormindo...
Ainda que junto... sozinho.
Solidão amarga,
pela escolha errada.

Um dia o sedutor vira vítima.
Levado cativo experimenta a dor
por ser o dono do coração destruído.

O Amor dá.
O Amor cobra.
Havendo empate,
Ele transforma.

A sedução transverte.
Quem antes a seduzir muitos,
hoje é muitos a seduzir uma.

No equilíbrio das vidas
ninguém ganha,
ninguém perde.
Apenas ama,
e por Amor converte.

Mudou a vida.
Virou a página.
Sem sofrimento
À ida Vida.

O que foi, não mais o é,
derrotado, vencido está.
Por uma mulher? ... Não !
Pela força do Amor.


quinta-feira, 17 de junho de 2010

BICICLETA



Bicicleta
De lazer ou de Transporte
qualquer um tê-la pode.

Que o morro sobe..
Pedalando...
Vagarosamente...
ou empurrando.

Que descendo...
nem pedala
só embala
que desvia
que alinha
que a vista
aprecia.

Que ligeiro freia ou breca
A cruzar a Frei Caneca.

Já no plano
Pedalando...
Embalando...
À descida
vai chegando...

E descendo
nem pedala
Avassala
morro abaixo
sai da frente
sai de baixo
Pois de breque
tô descalço ?!
Sem saída
o que fazer !?

E o breque
que sumira
resolveu
aparecer.

Alegria
Já me viu.
O controle conquistei.
Um respeito pelo plano
e o medo ao descer.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

POETA POBRE


O Poeta Pobre poesias escrevia.
Malfadadas linhas recitava
Aos que como ele à rua pertencia.


Poucos entendiam o significado que tinha.
Porém aos corações aflitos de uma vida amarga
Felicidade trazia, com paz, candura e alegria.


Passado um entendido havia.
E vida do jovem Poeta de outrora
Para sempre jazia.


Enriquecido ficou pelos bens que ganhou,
Mas um dia sumiu, a todos logrou
Apenas um deles a ele encontrou.


Estava lá. Aos mendigos recitar
As malfadas linhas do Poeta Pobre
Que dentro de si ainda havia.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

TEVÊ

Máquina interessante e perversa,
verdadeira invasora de lares.
Surge com jeito de amigo, companheira,
por vezes regressa.

Certo seria que apenas música passasse,
assim mais amiga o seria, menos decorativa
mais utilidade teria.

Mas e as criancinhas!? como sem ela seria?!
Verdade que ajuda nos dá,
em dias onde um é mil e mil em um tornar-se-ia.

Músicas e desenhos eu concordo!
Mas como minha amada ficaria
sem a novela, a fofoca e todos os programas de gritaria?

O jornal é horário marcado, sério e presente.
Compromissos adiados, remarcados, a carnificina presente.
Sem pedir licença mostra o mundo mal que a todos pertence,
a nós realidade ausente.

Tá! . . . Eu concordo com o desenho, a novela e o jornal.
Porém, o institucional e o imoral sou terminantemente contra,
ainda que venda, sustente ou enriqueça alguns inescrupulosos
que ordenam o que se faça e aconteça.

Pensando longe vejo mundos perdidos,
onde o cultural é alimento primordial.
Motivo de sobrevivência num mundo de informação,
onde sua presença acaba por fazer a diferença
entre o correto, decente e o perverso e a própria consciência.

Mas e o imoral?
Nudez, sexo, drogas, violência . . . o insocial !
Presente aos pimpolhos a roubar-lhes a inocência.
Cumplicidade estatal, comercial e secreta
dos participantes dessa parafernália eclética.

. . . o subliminar invade nossas mentes
mostrando o que não se vê a todos querer ter
e fazer sem nada daquilo entender
sem permissão a própria perversidão
a pretexto de uma boa televisão . . .

Acho que deveria ser vigiada,
ou de alguma forma organizada.
Senão eu desisto !
Faço campanha contra, na minha casa insisto,
nem ouvida ou assistida . . . calada !

Mas novamente o que fazer com as criancinhas,
minha esposa e o futebol ?
Sem saber o que acontece como mudarei a prece
a tantos povos que padecem, esvanecem,
àqueles de até desaparecem ?

Insisto! A solução minha não é !
de forma que restrinjo-me a controlar tão somente a minha.
Preta, plana, iluminadamente bela . . .
aconchegando-me no sono, uma companheira . . . a mais singela.

O que importa é o amor por ela e por toda sua gente.
Gente estranha, alguns até bem diferente,
gente que não dorme, gente que nem vive, gente como a gente.
hoje, amanhã como presente.

Mas uma solução existe fácil !
Daremos a todos primeiro o cultural.
Deixando a cada qual que arranque da audiência
aquilo que lhe faz mal.

As crianças eu não sei, minha esposa eu consigo,
mas o meu musical ? . . . ahh ! que dependência infernal !
Talvez melhor seria apenas mudar o canal,
se não tão difícil fosse uma tarefa de dificuldade sem igual.

domingo, 13 de junho de 2010

A VIAGEM


A viagem pode ser um momento
de alegria, dor ou paixão.
Se for da sogra, porém,
melhor seria num caixão.

A viagem da sogra pode ser a solução
mas sobra o sogro a perturbar
de tamanho igual, pior,
ou de montão.

A viagem deixa marcas,
às filhas um choro, a saudade, ilusão.
No sogro, pequena tristeza,
que disfarça com chopp, amigos e diversão,
mas no genro alegria, alforria . . . a própria libertação.

A viagem é premissa de ida,
que não sendo para a morte,
a que se ter um retorno demorado,
breve ou à própria sorte.

A viagem finda com o retorno
da famigerada sogra.
Que mesmo entregue à própria sorte,
foi e voltou . . . e nada de morte!

A viagem pode ser ilusão!
do genro, que mesmo aliado ao sogrão,
viu o monstro subir e descer em pura ilusão.
Misto de amor, ódio, admiração é o sentimento de todo varão.

A viagem macula sentimentos!
por uma jovem senhora que mesmo sábia,
boba, madura, esperta de montão . . .
nunca deixou de aflorar meu amor . . . e absurda admiração!

quarta-feira, 9 de junho de 2010

PRISIONEIRO



Da minha janela pouco vejo.
Do outro lado alguns parceiros,
Comigo na cela um companheiro.

                      
Como poderei viver assim . . .
Tolheram minha vida, roubaram-na de mim.

                   
Tristes motivos me trouxeram aqui.
Tanta coisa errada, que mesmo refutadas, 
Esperanças esmagadas . . . me deixaram em pé aqui.

                     
Olho o horizonte fugindo infiel trapaceiro
me deixando sozinho a pensar o que será de mim.

                   
Minha saudade é por fim a maior maldade.
Pois se preso estou, meu pensamento com ela voa
Procurando seu corpo, seu som. . .
Cheiro de lealdade diante de tamanha dificuldade.

                     
Mas se todo começo tem um fim,
o meu certamente calará ...
essa volúpia da liberdade caçada,
Da esperança mal dada e a essa vida por fim.

                       
Mas se por um lado roubei . . . fiz vítimas,
Vítima me tornei, pois minha liberdade tirei,
Grilhões de presente me dei.

                      
Mas uma coisa dentro de mim ninguém tira,
E ainda que acometido de ira,
E dignidade que por vezes vacila,
Tenho um Amor que por ela o tempo apenas perfila.

                   
Tempo é o que tenho afinal.
Aguardando o fim do martírio calado
Esperar o dia adequado
E ter meu amor ao meu lado.


Luciano Esposto

terça-feira, 8 de junho de 2010

SEMPRE VOCÊ



Aquela a quem amamos . . .
A quem queremos por perto, abraçando . . .

                      
Aquela a quem “desejo” estando perto ou longe . . .
Pelo simples cheiro do seu beijo.

                    
Aquela que mesmo aflita, ria
Mostrando que havendo esperança, haverá alegria .

                     

Aquela que meu olho procura na multidão
Pois nossos corpos . . . em deserto sempre estarão.

                      

Aquela que a tudo vê, mesmo que longe esteja
E notícias nossas ninguém lhe dê . . .

                      

Aquela que amiga foi e amiga sempre será
Ainda que a vida a leve de cá para lá.

                      

Aquela que o Beijo Ama e meu coração tomou . . . 
Que a minha vida tem e meu Amor levou . . .
Pois milha vida é sua . . .meu coração lhe dou . . .


   T e      A m o  ! 
 

Luciano Esposto

segunda-feira, 7 de junho de 2010

ETERNOS



Quando adolescente olhei a vida,
e tudo que mais quis foi um Amor.
Por Amor . . . você a ela vinha.

Em loucura adolescente,
o sentido era paixão.
Por paixão . . . Você se fez presente.

Quando fiz planos de futuro,
sem  saber qual o sentido,
se lógicos ou burros . . .
Ao sonho . . . seguimos juntos.
 
Quando me vi responsável sendo homem
tão somente um menino bem crescido . . .
Pela mulher . . . fui convencido.


Quando seu marido me tornei,
ainda temeroso sem saber o que viria . . .
Ao meu lado . . . em vigília me seguia.               

Quando percebi o que queria,
perpetuar o ser ainda que arriscado fosse,
pois experiência não tinha . . .
Gorda e sorridente . . . a mim me convencia.

Nos momentos em que compartilhar queria,
fosse o que fosse um ouvido lhe pedia . . .
Você o dava, calada ouvia . . . a tudo percebia.

Quando errei, tropecei, arrependi,
a vida cobrou, exigiu seu preço e sofri . . .
Foi Você . . . a quem sempre recorri.

Quando o coração nos pôs a prova,
fez decidir o que fazer, se juntos ficaríamos
ou se a outrem dedicar- nos- íamos . . .
Decidimos ficar juntos,
nosso Amor era nosso . . .
 e a ninguém dá- lo- íamos.
    
Quando o aperto presente nossa vida mudou,
ficou difícil, mas a esperança
continuava em mim . . .
Você a ela sorria . . . dizia:
“ Um melhor está por vir”.

Quando doente ficava, cuidado esperava,
amparo, um colo, fraco estava . . .
A Mãe . . . você se tornava.

Quando as batalhas ficaram ardentes,
precisei de ajuda a vencer o presente . . .
Lado a lado lutamos . . . em vencido continenti.

Quando por motivos fardos se transferem,
exigindo força a amparar um . . . quatro ou nove . . .
Juntos carregamos . . . fossem onze, catorze ou dezenove.

Quando os filhos carregamos
a um futuro bem distante, seguro e decente . . .
Juntos retornamos . . . mui felizes e contentes.
 
O tempo passou nossa vida mudou.
Mas o Amor que sentimos
e a nós Deus aflorou . . .
Ainda vive . . . conosco embarcou.

Para sempre . . . E T E R N O S . . .

Luciano Esposto



PAIXÃO DE VERÃO



Sofrimento e paixão são artimanhas do coração.

Embala amantes levando-os distantes
De uma realidade ofegante a ilusões purulantes.
A moça delira fabricando ilusões.
Sofrimentos e platonia
Que por um período é o que lhe guia.

O moço matuto faz que nem sente.
Guarda o sofrimento até o ranger dos dentes.
Mas a ela ele diz - sozinho -
Do sofrimento por um Amor ausente.

Na verdade são todos temperos da Vida.
Sofrimento , mentiras, ilusão
Trapaças de um Amor de verão.
Velhas artimanhas do Coração
Que faz o que quer pelo simples valor da emoção.
Brinca de Amar
Trapaceando destinos sem se importar.
Burla a Vida e nem se preocupa
Com sensação que lhes causa
Quando dos corações se ocupa.
Pois dá um sentido a esta Vida maluca.

Luciano Esposto

Poema selecionado para compor Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos 57º volume
http://www.camarabrasileira.com/apol57-028.htm

PLATONIA



O toque dos dedos
O gosto da saliva.
Sabor de desejo
Detalhes da Diva.

Esse corpo perfeito
De outrora nem lembro.
Quando paro e penso
É só ele que vejo.

Que amor de desejo
Que platonia me vejo.
Agonia, desespero
Tudo isso e nem lhe conheço.

Mesmo assim . . .
Quero tê- la em meus braços.
Te mostrar aos abraços
O calor do meu corpo
Do meu beijo, o quanto lhe desejo.

Se me der uma chance
Sequestro seu coração
E nunca mais ninguém lhe verá.
Pois apenas minha você
E de ninguém mais . . .
Esse coração o será.

Luciano Esposto

Poema selecionado para compor Sensualidade em Prosa e Verso Edição 2009
http://www.camarabrasileira.com/sensualidadeemprosaeverso2009.htm

INSANO AMOR



Na estrada da vida andei.
Em busca de mim, algo maior vislumbrei.
O vazio de horizontes perdidos
Na busca e encontro dos idos.

Olho ao longe, dentro de mim eu sinto.
Sinto algo que não controlo.
Muito maior que esse mundo perdido
É ter encontrado seu colo.

Agora achei, a você pertenço.
Ainda que dentro de mim penso
Esse Amor por você é intenso.

Insano encontro, infortuito Amor.
Um sentimento alvo meu mundo preenche.

E só a nós dois pertence . . .O mais absurdo Amor.

Luciano Esposto

Poema selecionado para compor
Livro de Ouro da Poesia Brasileira Contemporânea / Edição 2009
http://www.camarabrasileira.com/ouro2009.htm

HIPOCRISIA



Vontade de andar . . .
Para quem não anda, tudo,
para quem anda, pressa.

Vontade de olhar . . .
Para quem olha, nada,
para quem não olha, tudo.

Vontade de ouvir . . .
Para quem não ouve, tudo,
para quem ouve, nem percebo.

Vontade de sentir . . .
Para quem sente, dor,
para quem não sente, nem imagino.

Vontade de amar . . .
Para quem não ama, solidão,
para quem ama, alegria eterna.

Vontade de viver . . .
Para quem vive, correria,
para quem não vive, o esquecimento.

Vontade . . . é ser você !

Luciano Esposto

Poema selecionado para compor o livro
"Sensações Poéticas" Edição 2009

FLORESTA DE ILUSÕES



Caminhos de tantas Vidas.
Corações de tantas paixões.
Ilusões divagadas por amores
e tantas canções.

Multidões de árvores no anseio pela vida,
Disputam a luz divina que alimenta
o ínfimo e o gigante da mesma geografia antiga.
Entre todos eles há um caminho.
Caminho que corta suas vidas . . .seus destinos.

Por ele cantam as folhas das árvores
em seus belos galhos
Acariciando mais que apenas ouvidos, os amantes.
Pois toca seus corações
para anunciar a presença Dele.
- Local Sagrado -
A brindar a Vida que nos desse d'antes.

Invasão do corpo por uma alegria súbita.
Mistério de sentimentos nunca antes vistos.
Misto de medo e sabedoria abrupta.

Sons . . .
Canções . . .
Sentimentos . . .

A voz que vem das árvores entende meu coração.
Cria a expectativa desse Amor.
Singelo e forte
Poderosa afirmação.
Clamor de um sonho
De uma vida
A própria exatidão.
 
Luciano Esposto

Poema selecionado para compor Poesia de Corpo & Alma Edição Especial http://www.camarabrasileira.com/pca09-023.htm

CHUVA



Cai a chuva!
lava-se o ar, a esperança da vida,
caminhadas por ela interrompida.
Água, bendita água.

Cai a chuva!

chuva de manga,
manga que cai aqui e não alcança ali,
forte, imponente. . . intensa.

Cai a chuva!
chuva de palavras,
plenários e corredores repletos,
vã, a massagear egos. . . hipocrisia.

Cai a chuva!
chuva de decisões,
escritório, chefia. . . solidão.
Maldita solidão.

Cai a chuva!
chuva de violência,
vítimas das vítimas, desajuste. . .injustiça.
Infeliz sociedade.

Cai a chuva!
chuva de risos,
comédia, disfarce, fuga. . .esqueçamos o dia.
Pobre dia.


Cai a chuva!
retratos da vida,
cotidiana, amarga. . . e linda.
Viva a Vida.


Luciano Esposto

Poema selecionado para compor o livro
"Sensações Poéticas" Edição 2009

CODICILO



Velho marujo...
Amigo antigo de velhas batalhas.
Na vida intruso
o tempo passou.

Pai decidido...
a todos bradava.
Da Vida irei, mas como um rei
cremado eu serei.

Amigo querido...
A todos dizia.
Se enterrado fosse... jurava!
Não morreria.

Pai dedicado...
O filho atendeu.
Sua vontade eu faço, uma carta escreva
Codicilo será.

Pai prometido...
Caneta e papel logo vos deu.
Tudo tremeu... O futuro chegou,
o presente se deu.

Pai poderoso...
Sem refutar altivo se fez,
codicilo escreveu.

Pai presente...
Ausente, amado... lembrado.
Uma pena... logo morreu.
Codicilo assinado.
Enfim?... Cremado!

Luciano Esposto


Poema selecionado para compor Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos54º volume http://www.camarabrasileira.com/apol54-042.htm

NOSSAS VIDAS



Vim, Vi, Vivi
Olhei, falei, sorri, Gritei
Vivi, Apaixonei . . .
Amei! Ah, quanto eu Amei.

Fui, Vi, Vivi
Caminhei, Corri, Saltei
Olhei, Dancei, Beijei . . .
Abracei ! Ah, como eu Amei.

Sonhei, me preocupei, planejei
Falei, perguntei, consultei
Sonhei, vislumbrei . . .
Beijei! Ah, como eu Amei.

Vida eis, festejei, a ela brindei
Balancei, cuidei, olhei e olhei
Beijei, acariciei . . .
Mais a Amei. Ah ! como eu Amei.

Um mundo eis
Vim, Vi , Vivi
Sorri, caminhei, sonhei, a ela brindei . . .
Muito a Amei. Ah! Como eu Amei.

Luciano Esposto
 

Poema selecionado para compor o livro
"Os mais belos Poemas de Amor"Edição 2009
http://www.camarabrasileira.com/bpa09-037.htm